Um Festival de Música e Arte Cultural diferenciado

Uma realização da Banda Blue Star, no Teatro Nelson Rodrigues, Lagos dos Patos, em Vila Galvão, Guarulhos

Provavelmente a última comemoração relativa aos 110 anos da imigração japonesa no país neste ano, o evento, denominado Festival de Música e Arte Cultural em Comemoração aos 110 Anos da Imigração Japonesa no Brasil, idealizado pelo líder e maestro da Banda Blue Star, Robertinho Suguimura, aconteceu no dia 6 de outubro de 2018, no Teatro Nelson Rodrigues, localizado bem à frente do Lago dos Patos, em Guarulhos, no bairro Vila Galvão.

Antes de tudo, porém, foi prestado um minuto de silêncio em homenagem póstuma à Ana Cláudia Suzuki que era para estar presente e cantaria uma das músicas do programa.

Inteiramente de música ao vivo (pela própria banda), o evento contou com quase cinquenta cantores que se intercalaram em seções diferentes denominadas Meddley Show (vinte e cinco cantando apenas uma estrofe, de forma contínua), Internacional Show (doze cantando músicas não japonesas) e Single Show (dezesseis cantando músicas japonesas), quase todos acompanhados por dançarinas que ensaiaram com afinco as coreografias.

Olha! Nós ensaiamos muito para não desapontar os cantores e o público, às vezes até dois dias na mesma semana”, contou Edna Fukuda para justificar o bom desempenho das coreografias. Sem contar que a cada apresentação vinham com figurinos diferentes. E o evento foi tão liberal que teve quem trouxe próprias dançarinas para os acompanharem.

Assim como as apresentações de dança Buyoo, como a do grupo Vila Galvão Fujin Odori Bu que teve como crooner, Keiko Tanaka, com a banda; e Akira Ikawa com o Grupo Nishikawa Ryu. Ambas as apresentações foram muito aplaudidas pelo público de cerca de 200 pessoas que lotou o auditório durante quase todo o evento.

Afora isso, um show especial também brindou o público pela performance de Satiko Ono que, após  cantar quatro músicas, ainda dançou a conhecida Otemoyan, pela voz de Amélia Anzai.

O auge veio no momento das homenagens aos compositores de músicas da comunidade nipo-brasileira, razão do vinculo às comemorações aos 110 anos da imigração japonesa no Brasil. “Nem todos puderam estar presentes, ou por motivo de saúde ou por não mais estar conosco, como Shimada sensei e Torihara sensei ”, justificou Robertinho.

Os homenageados foram: Shoiti Shimada, Yoshinobu Omura, Nobuo Matsuoka, Kiyomi Kodama e o próprio Robertinho Suguimura; além de Setsuko Kawai, Nobuyoshi Uchikura e Cecílio Torihara (representado pela esposa Alice Torihara), compositores de letras.

Amélia Anzai, conhecida cantora do meio musical da comunidade e reconhecidamente sustentáculo moral e espiritual da banda e por isso também especialmente homenageada, estava muito feliz com o sucesso obtido pelo evento. “Acompanhei os trabalhos da equipe desde a elaboração das músicas, partituras, ensaios da banda, da coreografia e até da montagem do livro. Fiquei maravilhada vendo o esforço e dedicação de cada um”, afirmou para enfatizar que os ensaios vêm de meses atrás.

Perguntado a Robertinho sobre que conclusão tirou sobre o evento… “Conclusão?! Estou feliz, ouvi um monte de elogios… o povo concluiu dizendo que os cantores foram ótimos… eu apenas ajudei. O show foi deles!”, respondeu feliz. “Se bem que já tem gente lembrando-me de que terei de fazer o Festival Robertinho 55 Anos de Música, pois em 2014 fiz o do 50 anos…”— fez uma pausa — “Vamos pensar…”, deixou no ar essa possibilidade.

E o Festival se encerrou com Satiko Ono cantando, com os demais cantores, a música Odoru Ponpokorin que seria cantada por Ana Cláudia, para em seguida, agora com o público, cantarem o tradicional Hotaru no Hikari, em verdadeiro clima de festa.

(texto e fotos: Silvio Sano)

1 Comment on "Um Festival de Música e Arte Cultural diferenciado"

  1. Bem quando se faz tudo com muito amor e dedicação o resultado não poderia ser diferente !!!!
    Agradeço por poder fazer parte desse grupo !!!
    Estamos muito felizes pelo evento e amigos presentes !!!!

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